Vamos Falar Sobre... | O Festival Bang! | Edição de 2018
Este ano estivemos presentes na 2ª edição do Festival BANG!, organizado pelas Edições Saída de Emergência e Revista BANG!.
Por se tratar de um evento único e imperdível, com condições, até agora, excepcionais, em Portugal, não podíamos perder nenhumas destas edições por nada.
O Horário
Desde logo, o horário este ano foi mais alargado, dando lugar a mais conversas e oportunidade a mais pessoas para transmitir o seu conhecimento e a sua opinião sobre determinadas temáticas.
Tal como no ano passado, estava sempre a acontecer alguma coisa, com horários bem cumpridos e com discussões para todos os gostos.
O valor do bilhete de entrada no festival mantém-se. Mas, atenção, mantém-se até certa data. Depois é praticado outro valor e, no dia do evento, é outro.
Os 5€ do bilhete podem ser descontados na loja da SdE, presente no evento. No entanto, ao contrário do ano anterior (e apesar das informações ligeiramente contraditórias do voucher), os vouchers de desconto já não são acumuláveis entre si e só podiam ser descontados 5€ por cada 10€ de compras.
Só havia um livro que queria realmente comprar - Fahrenheit 451 - mas, tendo em conta que provavelmente não o iria ler de imediato e que entrando na Hora H na Feira do Livro fica ao mesmo preço, optei por não o comprar já... Por isso, além do valor do bilhete, gastei 0€ neste evento. Tap me on the back!
Só havia um livro que queria realmente comprar - Fahrenheit 451 - mas, tendo em conta que provavelmente não o iria ler de imediato e que entrando na Hora H na Feira do Livro fica ao mesmo preço, optei por não o comprar já... Por isso, além do valor do bilhete, gastei 0€ neste evento. Tap me on the back!
Os temas e discussões
Este ano os temas foram muito centrados na mulher, não fosse o feminismo estar em voga e ser um assunto amplamente abordado em todos os panoramas.
Achei os painéis interessantíssimos, assim como as pessoas que os estavam a apresentar mas, às tantas, perdi-me por completo... Achei que as abordagens acabaram por ser demasiado «técnicas» e pouco convidativas a captar a atenção e a promover a discussão com o público. Para uma editora tão jovial, quer nas suas escolhas editoriais, como pelo seu público e pelo espírito da própria equipa, parece-me que os temas das sessões foram abordados com uma seriedade que não condiz com o tom da editora.
Achei os painéis interessantíssimos, assim como as pessoas que os estavam a apresentar mas, às tantas, perdi-me por completo... Achei que as abordagens acabaram por ser demasiado «técnicas» e pouco convidativas a captar a atenção e a promover a discussão com o público. Para uma editora tão jovial, quer nas suas escolhas editoriais, como pelo seu público e pelo espírito da própria equipa, parece-me que os temas das sessões foram abordados com uma seriedade que não condiz com o tom da editora.
Espera-se (ou espero, eu) de uma editora como a Saída de Emergência, precisamente isso... uma saída de emergência ao que é normal e mainstream, uma abordagem alternativa, digna de uma editora jovem e de um público igualmente jovem.
Penso que poderia ser mais cativante se estas sessões se traduzissem numa espécie de entrevistas ou debates, com recomendações de livros, à semelhança do que, de certa forma, foi sendo feito na sessão «As Raparigas vão aos Mundos Todos?». Seria interessante que este tipo de sessões fossem mais longas, pois haverá muito mais a dizer e a falar sobre as temáticas sugeridas.
Acredito que se apostassem neste tipo de formato, poderia facilmente ser moderado pela Inês Botelho, autora da trilogia O Ceptro de Aerzis, que gostei especialmente de ouvir. É uma excelente comunicadora, sem dúvida.
Acredito que se apostassem neste tipo de formato, poderia facilmente ser moderado pela Inês Botelho, autora da trilogia O Ceptro de Aerzis, que gostei especialmente de ouvir. É uma excelente comunicadora, sem dúvida.
A autora convidada
Apesar de ser um grande nome da literatura fantástica, confesso que, pessoalmente, não tenho propriamente interesse em ler Robin Hobb. Mas há quem leia cá em casa e, por isso, lá estivemos nós, nas sessões de questões e de autógrafos com a autora.
Robin Hobb não transparecia o mesmo à vontade de Anne Bishop, tanto na resposta a questões colocadas pelos fãs, como na sessão de autógrafos. Poderá tratar-se de uma senhora mais recatada e séria, claro (calma, é, certamente!). Cada um é como cada qual. Evasiva, como qualquer autor que responde a questões sobre as suas obras, e com uma pitada muito breve de humor, esta «avozinha» da literatura fantástica não se mostrou, porém, hesitante, nem colocou qualquer obstáculo a filmagens e fotografias.
Os tempos mortos
O espaço onde o evento tem tido lugar é simpático. A envolvente, o Parque Eduardo VII, que faz recordar a Feira do Livro, bastante convidativa. Tivemos o azar de apanhar uma ventania do demónio, que tornou o dia fora do Pavilhão Carlos Lopes extremamente desagradável. E aí é que está o problema. Dentro do Pavilhão não existem locais onde se possa merendar, nem onde sentar para descansar, caso não queiramos assistir às sessões todas.
Existem apenas duas roulottes com comes e bebes com preços de bradar aos céus, portanto, é sempre necessária uma deslocação até às imediações do Parque para comer ou beber qualquer coisa mais barata.
Mais uma vez, e com o tempo gelado que se fez sentir, seria agradável estar num espaço mais acolhedor e confortável.
Compreendo que possa ser incomportável alugar um espaço maior (e melhor) e trazer-nos autores internacionais mantendo o valor dos bilhetes... Well, hard choices.
Vamos ver como é para contar como foi
Considero que a apresentação e sessão de questões com Anne Bishop foi mais divertida e menos monótona. Aliás, o evento do ano passado foi, no geral, na minha opinião, mais divertido e menos monótono.
Confesso que, em comparação, preferi a apresentação e mini-concerto dos Moonspell do ano passado às sessões deste ano. Ok, é uma das minhas bandas preferidas e é uma abordagem completamente diferente mas, mesmo assim, foi uma lufada de ar fresco e transformou o evento em algo muito mais light e abrangente. Abdicava do tempo extra de evento deste ano por uma sessão semelhante.
Confesso que, em comparação, preferi a apresentação e mini-concerto dos Moonspell do ano passado às sessões deste ano. Ok, é uma das minhas bandas preferidas e é uma abordagem completamente diferente mas, mesmo assim, foi uma lufada de ar fresco e transformou o evento em algo muito mais light e abrangente. Abdicava do tempo extra de evento deste ano por uma sessão semelhante.
Valeu a pena? Claro que sim! Não deixa de ser um evento único em Portugal, muito embora este ano tenha tido maiores semelhanças a um Sci-fi Lx ou a um Fórum Fantástico, que também trazem autores de renome - nacional e internacional -, de forma gratuita e mais ou menos com o mesmo tipo de organização.
Gostei do carácter único, familiar e intimista da edição anterior e senti que isso se perdeu este ano, acabando por fazer com que o Bang! fosse um evento semelhante aos demais dedicados a literatura especulativa. Parece-me que, de um ano para o outro, o evento adquiriu uma seriedade de 200% e perdeu o ambiente que tanto me encheu o coração no ano passado.
E para o ano...
Bom, para o ano ainda não temos autor confirmado MAS falou-se do facto de estarem a tentar trazer Victoria Aveyard, autora da Rainha Vermelha! What? Yeah, right!
Portanto, altas expectativas e nenhuma certeza. Em termos de preços, acredito que voltem a haver alguns «ajustes» mas, desde que este
jam à altura do programa e do autor convidado, está ok.
Em relação ao catálogo, não cheguei no início da apresentação, por isso acredito que me tenham passado ao lado alguns títulos importantes que venham a ser traduzidos. Assim, destaco apenas alguns:
Irão continuar a traduzir a saga Malazan, de Steven Erickson, Robin Hobb e a graphic novel de American Gods, de Neil Gaiman.
São estas algumas das novidades com que seremos contemplados no próximo ano! Estou especialmente ansiosa para ler o Dry, especialmente depois de todo o hype à volta da trilogia Arc of a Scythe, também de Neal Shusterman.
Gostava muito de saber a vossa opinião sobre este e outros festivais. Quais são as novidades que mais antecipam para 2019 e que livros gostavam de ver traduzidos em Portugal.
Se estiveram no Festival BANG! partilhem a vossa experiência e deixem a vossa opinião. Se estiveram presentes desde o início, partilhem connosco outras novidades que considerem dignas de nota :)
R: tava brutal! Além de que ele antes de começar a trabalhar connosco como auxiliar, era dançarino, então tava sempre a fazer aqueles passinhos de dança tão caracteristicos do filme. De queixo caído eu sempre LOL
ResponderEliminarBeijinhos,
O meu reino da noite
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Ahahahah imagino! Muito bom :P
EliminarBeijinhos ^^
Não fui ao Bang! - no mesmo dia, fui ao Amadora BD. No ano passado, não estive no país. Este evento, até ver, não me apela particularmente...
ResponderEliminarAinda não foi este ano que fui ao Amadora BD... esperei, esperei, esperei e cansei-me de esperar até haver uma espécie de programa.
EliminarO Bang! é o tipo de evento em que o autor, os convidados ou as conversas têm que te dizer alguma coisa, senão, acredito que não seja apelativa.
Verdade :) o tema da conversa até me parece interessante, apenas não foi o suficiente para me chamar... verdade que a organização da Amadora BD este ano foi um nojo, mas continuo a achar que vale a pena - tens até dia 11! Escrevi um pouco sobre o evento no último post :)
EliminarEles até fizeram umas salas todas janotas, tinha altas expectativas. Infelizmente penso que já não conseguirei ir. Seja como for, as exposições chamaram-me mais a atenção que qualquer outra coisa. Mas, depois de ver a tua opinião, acho que não ia ter grande paciência. Para cansaço já basta o dia-a-dia :P
EliminarObrigada, Cláudia ^^
ResponderEliminarSegui de volta :) Um beijinho!