Opinião | Diz-me que és Minha | Elisabeth Norebäck

Antes de mais, quero agradecer à Porto Editora por me ter cedido este livro para opinião. Muito obrigada pela oportunidade.
Infelizmente o tempo é escasso e já tenho esta opinião em stand-by há mais de uma semana. Não queria ter adiado tanto já que ainda só vi uma pessoa falar brevemente do livro (podem até haver mais mas não me passaram pelas vistas) e sinto que pode interessar a um público bastante específico.
Amantes de thrillers psicológicos, este livro pode ser para vocês. Atenção que vou tecer algumas comparações nesta opinião que podem ser consideradas spoilers. Caso não queiram ler essa parte, saltem o penúltimo parágrafo.


Título original: Säg att du är min
Autor: Elisabeth Norebäck
Editora: Porto Editora
Ano:2019
Páginas: 400




«Eu enterrei-te. Estivemos junto à tua lápide no cemitério. Chorámos e despedimo-nos. Mas eu nunca deixei de te amar. Procurei-te em todas as multidões, em todos os rostos, em todos os autocarros, em todas as ruas. Ano após ano.»

Stella Widstrand é uma psicoterapeuta respeitada. Casada com um homem carinhoso, mãe de um rapaz de 13 anos, com uma casa invejável e um bom carro, parece ter tudo para ser feliz. Porém, há no seu passado um terrível acontecimento que nunca foi verdadeiramente superado.
Quando um dia Stella vê entrar no seu consultório a jovem Isabelle, suspeita de que se trata na realidade de Alice, a sua filha desaparecida durante um passeio em família cerca de vinte anos antes, e que todos julgavam morta.
Mas será realmente a filha de Stella? Estará a imaginação a pregar-lhe mais uma partida? Como poderá confirmar tal suspeita sem que a considerem louca? E se Isabelle for mesmo a sua filha, o que lhe aconteceu afinal? Como desapareceu? Para obter respostas, Stella inicia uma busca obsessiva pela verdade, colocando em risco a vida que levou vinte anos a construir.
Elisabeth Norebäck estreia-se na escrita com um thriller psicológico inquietante que evoca o amor maternal e o maior medo que uma mãe pode sentir: o da perda de um filho.
Em Diz-Me Que És Minha, o leitor assiste à luta entre prudência e loucura, passado e presente, ilusão e realidade, mas sobretudo entre vida e morte.



Este thriller psicológico de estreia não lança, a meu ver, Elisabeth Norebäck para as luzes da ribalta. O que quero dizer com isto é que não achei o livro brilhante.
É um livro que, sim senhora, nos faz pensar e tem contornos de perturbação mental muito interessantes de observar.
Podemos aqui assistir ao desespero de uma mãe que, após ficar sem a sua filha, que desaparece, não desiste e tenta de tudo - às tantas de uma forma ligeiramente doentia - para a encontrar, já que não acredita que ela esteja morta.
Um livro contado sobre múltiplos pontos de vista, que tornam a narrativa ao mesmo tempo mais interessante e mais rápida, mas também que fazem antever o desfecho mais cedo do que gostaria. Muito embora se vá ficando na dúvida, já que a autora em algumas ocasiões dá uma no cravo e outra na ferradura, existe sempre um fio condutor que nos faz acreditar que é daquela forma que irá acabar. Gostava sinceramente que o desfecho fosse diferente e menos previsível.
Estamos aqui perante um livro que, como já referi, lida bastante com doença mental, e explora diversas perturbações diferentes, desde a ansiedade a perturbações mais graves. E é aqui que tenho que tecer comparação com a série The Act. Para quem já viu a série, este livro poderá acabar por não trazer nada de novo. Eu vi a série, e gostei mesmo muito. Talvez por isso não tenha achado o livro tão perturbador, nem inédito. Já tinha visto este tipo de perturbação mental noutro sítio, muito bem representada, por sinal.
É um livro com um bom ritmo que, não obstante, nos envolve e queremos ler mais e mais para chegar ao fim e perceber como a história vai terminar, tal como o que se está a passar na mente dos personagens principais. Apesar de não ter um desfecho bombástico, é um livro interessante, que pode agradar leitores de um conjunto de livros muito específico. 

Este livro pode ser uma boa leitura para quem gostou dos seguintes livros:

- A Mãe, Melanie Golding, Editorial Planeta
- Perto de Casa, Cara Hunter, Porto Editora
- As Gémeas do Gelo, S. K. Tremayne, Topseller
- Objectos Cortantes, Gillian Flynn, Bertrand




Classificação no Goodreads: ✰✰✰













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