Opinião | A Morte de Quatro Rainhas | Astrid Scholte

Este ebook foi-me gentilmente cedido pela Leya. Desde já, agradeço imenso o envio deste exemplar eletrónico para leitura e opinião!

Título original: Four Dead Queens

Autora: Astrid Scholte

Editora: Gailivro

Ano: 2020

Páginas: 408

Keralie Corrington tem apenas dezassete anos e parece inofensiva mas, na verdade, é uma mentirosa e uma das ladras mais habilidosas de Quadara. Varin, por outro lado, é um cidadão ín­tegro da região mais desenvolvida de Quadara, Eonia. Os dois conhecem-se quando ela lhe rouba um objeto muito importante, colocando a vida dele em perigo. Ao tentar recuperar o que lhe foi roub

ado, Varin e Keralie veem-se envolvidos numa conspi­ração que matou as quatro rainhas de Quadara.

Sem alternativas e a fugir do ex-patrão de Keralie, ambos percebem que a melhor opção é unirem-se para descobrir o as­sassino e salvar as suas próprias vidas, no entanto, a aproxima­ção é perigosa e um romance floresce.

Keralie e Varin são obrigados a superar os seus segredos mais sombrios na esperança de terem um imprevisível futuro juntos, mas primeiro precisam de permanecer vivos e descobrir a razão por detrás da morte das quatro rainhas da nação.

Desde que pus os olhos na capa deste livro pela primeira vez que todo ele me transmitia vibes de Três Coroas Negras. E, sabendo o quanto adoro esta saga, claro que coloquei logo Four Dead Queens na minha wishlist. Quando soube que vinha para Portugal, fiquei histérica. Mesmo, literalmente! Foi a desculpa perfeita para (finalmente) o ler. E não me desiludiu!

Apesar do início do livro ser um bocadinho morno em termos de história, é repleto de acção. As personagens são interessantes, embora não tenham imensas camadas e a história de amor que acaba por se desenvolver é bastante interessante e faz-nos questionar algumas coisas acerca do seio em que nascemos e aquilo que realmente queremos da vida.

Há quem considere que este livro se insere no género de fantasia, já vi também algumas opiniões que o incluem na distopia. Muito honestamente, não concordo muito nem com uma, nem com outra. Mas, se tiver que escolher uma, diria que é uma fantasia com poucos elementos fantasiosos. Indo mais longe, diria até que é mais uma espécie de narrativa futurista do que fantasia. Isto porque não existe um sistema de magia mas também não estamos a falar de um mundo que sofreu alguma espécie de apocalipse ou catástrofe de alguma índole, mas sim de um mundo completamente inventado.

É um livro cheio de voltas e reviravoltas. Às tantas tinha uma teoria e, de repente, a teoria foi por água abaixo de forma muito imprevisível. O final acaba por ser também imprevisível e acho que isso se deve muito à forma particular como a narrativa está construída, ao facto de estar ligada a umas memórias que não sabemos muito bem como interpretar e onde encaixar.

No geral gostei muito. Não achei um livro perfeito e acrescentava-lhe ali uma coisa ou outra mas a leitura é muito rápida e satisfatória. E o melhor de tudo? Não faz parte de nenhuma saga ou trilogia! Sem dúvida que recomendo!

Recomendo a fãs de Kendare Blake, Kiera Cass e Marissa Meyer.

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Classificação no Goodreads: ✰✰✰✰

Até onde estarias disposto(a) a ir para salvar a vida de uma pessoa?

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