Vamos Falar Sobre... | A minha primeira vez no Amadora BD

Na 30ª edição do Amadora BD, celebraram-se os 80 anos do Batman. Para quem ainda não sabe, sou fã do Batman e dos heróis e vilões da DC em detrimento dos da Marvel (#teamDC). Como tal, não podia faltar a esta edição que, ainda para mais, celebrou o mesmo número de outonos que eu.

Inexplicavelmente, esta foi a primeira vez que fui ao Amadora BD. Após muitas "ameaças", depois de ter perdido a vinda do meu "ídolo" de infância, Maurício de Sousa, pai da Turma da Mônica, a uma das várias edições deste evento (também perdi a vinda dele à ComicCon no ano passado, diga-se), desta vez decidi passar à acção.E claro que não me arrependi. Arrependi-me, sim, de não ter ido às edições anteriores.

Gostei bastante dos espaços de exposição, que albergavam exposições ou, por vezes, instalações artísticas muito bem conseguidas. Penso, no entanto, que haveria espaço para mais exposições, que pudessem, quem sabe, motivar a existência de um bilhete para vários dias. Sim, porque com a quantidade de exposições que nos foi oferecida, a nossa visita durou cerca de três horas mas ainda havia vontade para uma segunda visita. No entanto, todo o conteúdo já tinha sido todo visto. Além disso, e esta é a maior crítica que posso fazer ao evento, pensar no inferno que é encontrar um lugar de estacionamento tira toda a vontade de voltar a este evento, que tem imenso para oferecer aos fãs da banda desenhada.

Outro aspecto que chamou a minha atenção foi a zona de venda de livros e de autógrafos. Gostei especialmente do modelo circular que não se costuma ver muito por cá. Claro que não facilita muito as filas, uma vez que o espaço está rodeado pelas bancas das editoras e distribuidoras. Mas, ainda assim, dá um aspecto muito agradável ao recinto e boa visibilidade para os leitores perceberem se os seus autores/ilustradores preferidos estão ali presentes.

As bandas desenhadas e graphic novels são, no fundo (e na minha opinião) uma obra de arte. Por isso, é normal que os preços praticados sejam acima dos de um livro dito "normal". Os custos na produção de um livro deste género abrange sempre questões como a qualidade do papel, o ser impresso com capa dura, tudo aspectos que fazem aumentar o preço do livro. Assim, se por um lado acho que devia haver descontos mais vantajosos para os leitores, também compreendo que esses esforços não possam, em alguns casos, ser feitos.

O meu destaque vai sobretudo para a homenagem a Stan Lee, como não podia deixar de ser; para a exposição dedicada ao Batman e para a instalação relativa ao livro Capuchinho Vermelho, de Marjolaine Leray, uma verdadeira obra de arte!

 

Esta foi a minha primeira vez no evento mas também a minha primeira entrada como membro "press". Foi uma enorme surpresa e fiquei imensamente agradecida e entusiasmada quando recebi a minha confirmação.

Posso dizer que a minha experiência foi, no geral, bastante positiva e para o ano vou certamente voltar.

Aconselho todos aqueles que, de alguma forma, estão a ser "afectados" pelo boom de leitura de graphic novels a visitar este espaço. Sem dúvida que vale a pena. Qualquer fã do género ou aqueles que, como eu, se propuseram ler mais graphic novels este ano, não podem de forma alguma faltar ao evento. Espero-vos por lá!

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