Opinião | Obsessão | Madeline Stevens
Este livro foi-me gentilmente cedido pela Topseller. Agradeço desde já o envio desta cópia para opinião.
Título original: Devotion
Autora: Madeline Stevens
Editora: Topseller
Ano: 2019
Páginas: 304
Ella Crawford tem 26 anos. Sozinha e sem dinheiro, seduz homens desconhecidos para que lhe paguem o jantar. O seu destino muda no dia em que Lonnie e James, um casal abastado, a contratam como ama do seu filho, arrastando-a para um mundo de privilégio.
Ella começa por detestar Lonnie, que, além de rica, é bela, talentosa e parece ter alcançado de mão beijada uma vida familiar perfeita. Mas, à medida que vai convivendo com ela, a sua aversão transforma-se numa atração inexplicável e obsessiva. Começa assim a desejar tudo o que lhe pertence: o seu estilo de vida, a sua atenção, o seu marido e até o amante. O que a levará a uma série de ações progressivamente irrefletidas e perigosas.
Quero começar por dizer que este livro me apanhou completamente de surpresa. Ao ler a sinopse fiquei interessada e parecia-me um thriller psicológico com algumas nuances de thriller doméstico que, apesar de ser um género que não está no top das minhas preferências, ainda sou capaz de ir dando uma ou outra hipótese.
E foi assim que entrei no mundo de Ella e Lonnie - a saber apenas o que a sinopse me dava a conhecer e a tirar as minhas próprias conclusões a partir daí.
Ao início começamos por acompanhar a história de Ella e perceber como conhece Lonnie e acaba por se tornar ama do bebé dela. Não é propriamente difícil entrar nesta história e de querer saber mais e, sobretudo, de que forma a narrativa se vai desenrolar por forma a ir ao encontro do importantíssimo acontecimento que nos é dado a conhecer pela autora no prólogo.
Mal lemos estas primeiras páginas, esperamos um livro super macabro, cheio de twists. Infelizmente, ficamos apenas pela esperança... Na minha opinião, o desenvolvimento da história não leva a lado nenhum, o fim deixa dúvidas e o ponto central da história, focado no prólogo, é perfeitamente inconsequente.
Quando pensávamos que íamos ter um livro com imensas revelações e com uma obsessão que ia levar a algo realmente perigoso e, quiçá, macabro, acabamos por descobrir que afinal não existe nenhum mistério para desvendar.
Penso que, de facto, podemos estar aqui a falar de um thriller doméstico mas a sensação que tive ao lê-lo, foi de que se tratava de um género completamente novo, uma espécie de surrealismo erótico, muito pautado pelas cenas de sexo, pelo uso e pela visão deturpada pelas drogas e o álcool. Determinadas passagens roçam mesmo o filosófico, tal é o desfasamento da realidade.
Madeline Stevens é licenciada em belas-artes e, em certas ocasiões, este livro parece-nos apresentado quase como um quadro, como uma pintura surrealista, que faz lembrar as obras de Dali. Nesse aspecto, devo tirar o chapéu e dizer que, efectivamente, estamos perante uma obra de arte.
No final, o que temos é precisamente o acompanhar da história e do cruzar de identidades destas duas personagens femininas, por vezes completamente fucked up, sem levar a muito mais.
Acredito que haja um público para este tipo de género mas, infelizmente, não foi para mim.
E foi assim que entrei no mundo de Ella e Lonnie - a saber apenas o que a sinopse me dava a conhecer e a tirar as minhas próprias conclusões a partir daí.
Ao início começamos por acompanhar a história de Ella e perceber como conhece Lonnie e acaba por se tornar ama do bebé dela. Não é propriamente difícil entrar nesta história e de querer saber mais e, sobretudo, de que forma a narrativa se vai desenrolar por forma a ir ao encontro do importantíssimo acontecimento que nos é dado a conhecer pela autora no prólogo.
Mal lemos estas primeiras páginas, esperamos um livro super macabro, cheio de twists. Infelizmente, ficamos apenas pela esperança... Na minha opinião, o desenvolvimento da história não leva a lado nenhum, o fim deixa dúvidas e o ponto central da história, focado no prólogo, é perfeitamente inconsequente.
Quando pensávamos que íamos ter um livro com imensas revelações e com uma obsessão que ia levar a algo realmente perigoso e, quiçá, macabro, acabamos por descobrir que afinal não existe nenhum mistério para desvendar.
Penso que, de facto, podemos estar aqui a falar de um thriller doméstico mas a sensação que tive ao lê-lo, foi de que se tratava de um género completamente novo, uma espécie de surrealismo erótico, muito pautado pelas cenas de sexo, pelo uso e pela visão deturpada pelas drogas e o álcool. Determinadas passagens roçam mesmo o filosófico, tal é o desfasamento da realidade.
Madeline Stevens é licenciada em belas-artes e, em certas ocasiões, este livro parece-nos apresentado quase como um quadro, como uma pintura surrealista, que faz lembrar as obras de Dali. Nesse aspecto, devo tirar o chapéu e dizer que, efectivamente, estamos perante uma obra de arte.
No final, o que temos é precisamente o acompanhar da história e do cruzar de identidades destas duas personagens femininas, por vezes completamente fucked up, sem levar a muito mais.
Acredito que haja um público para este tipo de género mas, infelizmente, não foi para mim.
Para fãs de thrillers domésticos, de literatura erótica e de livros sem grandes reviravoltas. Para amantes hardcore de arte, especialmente surrealista.
Já leram este livro ou têm curiosidade em lê-lo? Deixem a vossa opinião!
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